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Energia eólica é vetor fundamental para a transição energética

A capacidade de produção de energia eólica no Brasil é uma grande aliada na transição para uma economia de baixo carbono. A expectativa da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica) é de atração de mais investimentos nos próximos anos, que serão essenciais para o país alcançar a meta NetZero até 2050.

“Estamos vendo um movimento muito forte para investimentos em energias renováveis. Esses investimentos vão vir por parte das empresas tradicionais, mas também das empresas do setor de óleo e gás, focando nessa transição energética e investindo principalmente em eólicas offshore. Vamos ter uma aceleração de investimentos no setor e isso nos traz uma perspectiva ainda maior no ano que vem. E é crucial que assim seja, porque, por melhor que sejam nossos números, se quisermos chegar à meta de NetZero até 2050 precisamos, praticamente, quadruplicar a velocidade de instalação de eólicas, tanto onshore quanto offshore”, afirmou a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum.

O Brasil tem, atualmente, capacidade para produzir 22.000 MW de energia eólica, sendo 20.000 MW apenas na região Nordeste, ou seja, mais de 90% da produção nacional. São 828 parques eólicos em operação no país, sendo 725 no Nordeste. O país, no entanto, tem potencial de produzir mais de 1.500 GW em eólicas onshore e offshore, o que o faz ocupar o sexto lugar no Ranking Global de Capacidade Instalada onshore.

“Estamos em um momento muito importante para energia eólica, um setor que vem crescendo exponencialmente ao longo dos anos. De maneira geral, a expectativa para energia renovável no Brasil em 2023 é muito positiva. Até mesmo pensando em âmbito global, pelas discussões que ocorreram na COP27 em novembro, e principalmente pelo que está acontecendo na Europa com a crise energética agravada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia”, afirmou Gannoum.

De acordo com a associação, a energia eólica é a fonte de geração que tem o menor impacto ambiental. “Parques eólicos não emitem CO2 em sua fase de operação. Não dá para pensar em transição energética sem considerá-la. E a partir da geração de energia eólica será possível produzir hidrogênio verde, uma nova fronteira muito promissora para a redução das emissões de carbono e para enfrentar as mudanças climáticas no mundo”, diz.

Além de reduzir a emissão de CO2 na atmosfera, a energia eólica também gera outros benefícios para o país, como cada R$ 1,00 investido em eólicas tem impacto de R$ 2,90 no PIB, gera cerca de 11 postos de trabalho por MW instalado, gera renda para proprietários de terra com arrendamento para colocação das torres, sem impedir que a terra siga com plantações ou criação de animais.

A energia eólica é gerada a partir do vento, que é uma fonte inesgotável e, por isso, é uma energia renovável e limpa, que proporciona a redução da dependência dos combustíveis fósseis e contribui para que o Brasil cumpra seus objetivos no Acordo do Clima.

O uso das forças dos ventos para geração de energia elétrica é uma das iniciativas da estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a consolidação de uma economia de baixo carbono e integra o pilar da transição energética.

Em 2021, a energia eólica representou 12,1% de toda a geração injetada no Sistema Integrado Nacional (SIN). Foram gerados 72,2 TWh de energia. Isso significa que 36,2 milhões de residências podem ser abastecidas por eólicas, na média mensal.

Fonte: Indústria Verde