Até então líder global do mercado de bens de consumo, a Unilever passou a comer poeira dos concorrentes durante os anos 2000. Aquisições grandes e campanhas de marketing caras não faziam efeito.
Paul Polman assumiu o cargo de CEO em 2008 com a tarefa de levar a companhia de volta ao topo. Achou importante mexer, primeiro, na cultura da empresa: tirar o foco dos resultados de curto prazo e pensar no propósito da coisa toda.
Polman introduziu um novo projeto de gestão interna para transformar a Unilever em uma empresa net positive, ou seja, uma instituição cujo objetivo final é criar um impacto positivo na vida de todas as pessoas que ela atinge, sejam funcionários, sejam clientes, seja a sociedade como um todo.
Ao redesenhar o plano de ação da empresa, ele trouxe consigo uma causa pessoal que já tinha abraçado em experiências prévias na carreira: sustentabilidade. A ideia era transformar a Unilever em uma das empresas mais sustentáveis do mundo. E parece que deu certo: desde 2011, a companhia aparece em primeiro lugar no ranking de sustentabilidade do GlobeScan.
No livro Impacto Positivo (Net Positive), que ele escreveu com Andrew Winston, consultor de estratégia corporativa, Paul conta como ajudou a multiplicar os lucros da Unilever ao mesmo tempo em que fortaleceu essa preocupação com o meio ambiente dentro da empresa.
Eles argumentam que engajamento social não é inimigo do lucro – aliás, eles dizem, fica cada vez mais claro que empresas que se preocupam com os desafios da sociedade (como mudança climática e desigualdade social) têm mais chance de prosperar. No trecho a seguir, a dupla mostra alguns princípios que guiaram essa virada de chave ESG na Unilever.
Fonte: VC / SA